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“Sereis minhas testemunhas… até aos confins da Terra”: a homilia de D. Nuno Brás, bispo do Funchal, na peregrinação a Wiltz

Milhares de fiéis encheram as ruas de Wiltz, no norte do Luxemburgo para participar na tradicional procissão em honra de N. S. de Fátima.

Nesta quinta-feira, dia da Solenidade da Ascensão, milhares de fiéis encheram as ruas de Wiltz, no norte do Luxemburgo, para participar na tradicional procissão em honra de Nossa Senhora de Fátima. Esta peregrinação anual é um dos momentos mais marcantes da devoção mariana das comunidades lusófonas no país.

Apesar de, este ano, se notar uma presença menos significativa de espaços de "comes e bebes" e espaços de restauração — ao contrário do que habitualmente acontece — o número de peregrinos foi muito significativo, mantendo-se igual ou até superior ao do ano passado. As autoridades falam sempre no mesmo número, cerca de 20 mil pessoas.

A Eucaristia, celebrada ao ar livre, foi presidida por D. Jean-Claude Hollerich, Cardeal Arcebispo do Luxemburgo. A homilia ficou a cargo de D. Nuno Brás, bispo do Funchal, especialmente vindo de Portugal para esta ocasião.

Na sua homilia, D. Nuno começou por recordar o Evangelho proclamado neste dia da Ascensão, sublinhando a missão que Jesus confia aos seus discípulos antes de subir ao Céu: «Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da Terra»

O bispo do Funchal explicou que esse “até aos confins da Terra” é repetido também noutro Evangelho, o de Mateus, onde Jesus diz:
«Foi-me dada toda a autoridade no Céu e na Terra. Ide, fazei discípulos todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei. E Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim dos tempos» (Mt 28,18-20).

Para D. Nuno Brás, esta dupla expressão — “até aos confins da Terra” e “até ao fim dos tempos” — não é apenas retórica bíblica: É uma palavra dirigida a todos os cristãos. É um envio que continua a acontecer, porque o mundo ainda precisa de conhecer Jesus Cristo. "Significa, para nós hoje, que aqui nos reunimos a celebrar a Ascensão do Senhor a necessidade de O levar ao coração daqueles que ainda hoje não o conhecem. Penso em tantos migrantes que chegam às nossas portas e que talvez nunca tenham escutado verdadeiramente o nome de Jesus. Mas penso também em muitos que, mesmo vivendo na Europa, e até tendo frequentado a catequese ou as aulas de religião, hoje vivem como se Jesus não existisse, como se estivesse ausente do mundo.”

Face a este desafio missionário, D. Nuno sublinhou que não estamos sós nem desamparados. "Para essa missão, contamos com a força do Espírito Santo que o Senhor nos dá. É o Espírito Santo que transforma o nosso olhar, que o purifica da visão distorcida que o pecado nos impõe, e que nos permite perceber a presença do Ressuscitado ao nosso lado, no meio das nossas comunidades, da nossa família, no exercício da nossa profissão e mesmo dos nossos tempos de lazer. Sim: o Espírito Santo é o Espírito de Jesus ressuscitado. Ao acolhê-lo, acolhemos de verdade o amor de Jesus que nos permite olhar, escutar, falar, amar de modo diferente". 

Na eucaristia celebrada no santuário "Op Bassent" estiveram também presentes o Vigário-Geral da Diocese do Luxemburgo, Mons. Patrick Muller, o Vice-Reitor do Grande Seminário, o padre Yves Olinger, bem como os sacerdotes que assistem pastoralmente à Comunidade Portuguesa: Padre Sérgio Mendes, Padre Rui e Padre André. O pároco da paróquia de Wooltz Saints-Pierre-et-Paul também estava presente.

A liturgia foi animada por um coro composto por elementos de várias comunidades portuguesas do país, sob a direção de José Paulo Peixoto, de Esch-sur-Alzette.

A peregrinação a Wiltz continua a ser, ano após ano, um sinal vivo da fé da comunidade lusófona no Luxemburgo e um testemunho comovente da devoção a Nossa Senhora de Fátima.

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